23 de nov. de 2010

Eu que já não quero mais ser um vencedor...

Por Fabricio Cunha - http://fabriciocunha.com.br/levo-a-vida-devagar-pra-nao-faltar-amor/

Levo a vida devagar, pra não faltar amor



Tenho a impressão de que o diabo mudou radicalmente de estratégia. Antes, possuía pessoas, individualmente, de dentro pra fora, as “endemoninhando”. Passou a atuar de forma macro, de fora pra dentro, estruturalmente, nos “endemonizando”, isto é, nos tornando escravos de estruturas que nos desumanizam, de expectativas que nos subjugam, de sonhos que nos individualizam, de uma estética que nos coisifica e de uma agenda que nos escraviza.

Como diz o Rogério Quadra, citando sei lá quem, “em terra onde todos andam na direção errada, parece errado o que anda na direção correta”.

Sou pastor numa geração que perdeu o gosto pelo simples, que precisa estar sempre correndo para se sentir útil, ter coisas para se sentir alguém, endividada por “gastar o que não tem, para comprar o que não precisa, para impressionar quem não gosta”, tudo para se obter um sucesso sem senso de significado e patentemente irrelevante e vazio.

O convite de Cristo a se alumbrar com os lírios do campo, a perceber o toque sutil do outo, a multiplicar vida enquanto se vive, o convite à humanidade, depende de um tipo de agenda, que, por sua vez, se configura por nossas decisões.

De minha parte, acho que ”quem acha que perder é ser menor na vida” perde pois “quem sempre quer vitória, perde a glória de chorar”.

“Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor.”

Fabricio Cunha

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