30 de set. de 2010

Procastinação

O tipo tenso-nervoso

O procrastinador tipo tenso-nervoso normalmente sente-se dominado por pressão, irreal quando trata-se de tempo, incerto sobre seus objetivos e muitos outros sentimentos negativos. Sentindo que lhes falta a habilidade ou foco para completar seus trabalhos, eles dizem a si mesmos que precisam "desestressar" e relaxar, e que é melhor "ir com calma à tarde para começar de novo na manhã seguinte", por exemplo. O "relaxamento" do procrastinador desse tipo é geralmente temporário e inefetivo, e leva a até mais stress conforme o tempo vai se esgotando, prazos se aproximam e a pessoa se sente cada vez mais culpada e apreensiva. Esse comportamento vira um ciclo de fracasso e atraso, enquanto os planos e objetivos são deixados de lado e anotados "para amanhã" ou para a próxima semana repetidamente. Isto também traz um efeito debilitante em sua vida pessoal e suas relações. Como os procrastinadores desse tipo são incertos em relação à seus objetivos, eles muitas vezes se sentem desconfortáveis com pessoas confiantes e objetivas, o que pode causar depressão. Procrastinadores tensos-nervosos geralmente recolhem-se da vida social, evitando contato até mesmo com amigos próximos.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Procrastina%C3%A7%C3%A3o

29 de set. de 2010

Capitalismo, socialismo, alienação e o capeta

24 de Setembro de 2010
Oficiado dominicalmente por Paulo Brabo
Estocado em Manuscritos
http://www.baciadasalmas.com/2010/capitalismo-socialismo-alienacao-e-o-capeta/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+baciadasalmas+%28A+Bacia+das+Almas%29

Cada discurso de libertação traz dentro de si a semente de uma nova servidão; em cada esforço de justiça está encapsulada a ameaça – talvez a promessa – de uma nova injustiça jamais sonhada.

Quando pisou o palco da história, na esteira da Reforma e do Renascimento, o capitalismo representou a implantação no âmbito econômico – e portanto na vida real – dos ideais de liberdade e de igualdade articulados pelo Iluminismo e adotados pela Revolução Francesa.

O capitalismo salvou o mundo das estruturas do feudalismo, que dividiam a sociedade em compartimentos estanques dos quais ninguém podia sonhar escapar. No mundo medieval, pré-capitalista, os pobres nasciam pobres e morriam pobres, enquanto os nobres nasciam nobres e viviam ricos. Esse estado de coisas era mantido, por um lado, pela força bruta e pela tradição; por outro lado, dependia da intimidação e do aval fornecido pelo clero e pelas demais estruturas da igreja medieval.

O sistema estava em vigor há quase mil anos e nada parecia ser capaz de ameaçar a sua supremacia, até que uma série de novidades mais ou menos interligadas (entre elas a invenção da imprensa, a divulgação dos clássicos gregos e a própria Reforma) acabou injetando na sociedade uma série de noções revolucionárias. O Humanismo fez com que o homem baixasse os olhos do céu pintado do teto da igreja e olhasse para aquela belíssima criatura no espelho; inspirado por sua vez no que viu no rosto do homem, o Iluminismo desenhou os ideais de cidadania, igualdade e direitos inalienáveis.

As revoluções constitucionais e republicanas representaram a aplicação desses ideais nos contextos das nações, mas foi preciso o dinheiro – isto é, a ascensão do capitalismo – para legitimar o sonho democrático de mobilidade social no mundo real. Porque, com o capitalismo, estava aparentemente tudo resolvido; o mundo era finalmente um lugar justo, em que qualquer um podia enriquecer e ascender a escala social pelos seus próprios méritos. As hierarquias tradicionais perdiam a sua validade num mundo conduzido por um mercado cada vez mais exigente e influente, inteiramente pronto a premiar qualquer um que satisfizesse os seus caprichos ou – talvez melhor – fosse capaz de lhe oferecer caprichos novos.

Neste novo mundo o menos sofisticado dos mercadores podia pisar o mais requintado dos salões, demonstrando com o tilintar de moedas esse seu direito. O valor de um notável foi transferido da pureza do seu sangue para o saldo da sua conta bancária, onde permanece até hoje.

Em muitos sentidos o capitalismo foi portanto um milagre e uma manifesta vitória, os quais ainda não nos cansamos de celebrar. Serviu para denunciar mecanismos de dominação que eram tidos como evidentes e naturais mas que eram, na realidade, meras fabricações ideológicas. Como todos os discursos, apresentavam-se como sãos e bem-intencionados, porém serviam para sustentar um estado de coisas muito injusto e artificial. A desigualdade requer uma ideologia para manter seu perverso equilíbrio, e as noções medievais de honra, tradição, autoridade religiosa, sangue e hierarquia (entre outras) garantiam que o povo comum continuasse sendo explorado, ao mesmo tempo em que a renda e o poder se mantinham concentrados nas mãos seletas da nobreza e do clero.

Ainda mais do que as revoluções nacionais, a ascensão do capitalismo alterou para sempre o tecido dessa realidade, servindo para expurgar e anular dos anais da aceitabilidade condutas e opiniões que eram anteriormente tido como norma e decência, como o próprio curso natural das coisas. Ao denunciar e reverter o caráter artificial dos scripts que faziam rodar o sistema medieval, o capitalismo mudou o eixo do mundo, tornando-o para todos os efeitos mais justo e menos arbitrário.

Porém as soluções que são discursos (e, no fundo, o capitalismo é uma construção arbitrária e artificial como o feudalismo) acabam gerando injustiças pelo menos tão atrozes quanto as que se prontificou a corrigir.

Coube a Karl Marx observar que as soluções de um mercado nominalmente “livre” acabam criando novas e severas formas de dominação e de alienação. O capitalismo traiu quase que imediatamente as boas intenções do seu discurso. O poder que atribuiu ao mercado acabou transformando o desejo numa força disciplinatória e coerciva ao invés de (como gostaria de ser e como se apresenta) libertadora e criativa. Por depender delas para se sustentar, o capitalismo patrocinou desde cedo (e cada vez mais) a alienação, a exploração e a exclusão em todas as suas formas. Aprendeu a aplacar o homem com a satisfação de necessidades menores, ao mesmo tempo em que mantem o sistema rodando pela introdução de necessidades novas e artificiais; essas, uma vez legitimadas pela adoção dos ricos, geram desejo nos menos ricos, que gastarão a vida tentando acompanhar os que se mostram melhores consumidores do que eles. Enquanto todos correm em perfeita sincronia atrás do que não precisam, passando por cima dos que não tem, a distância entre trabalho e capital é perpetuada: a igualdade, a liberdade e a mobilidade social permanecem uma ilusão, e o poder descansa concentrado como na mais imperial das hegemonias.

Em outras palavras, o capitalismo forjou um novo script, e um capaz de sustentar uma realidade tão implacável e arbitrária quanto a medieval, ao mesmo tempo em que dá a impressão de que tudo está correndo do modo mais justo e natural.

O comunismo foi postulado para corrigir essas distorções, levando à sua consequência natural os princípios de igualdade pregados pelo Iluminismo. No mundo ideal projetado por Marx a propriedade privada continuava a existir, mas os bens de produção – cujo monopólio, explicava ele, acaba perpetuando a desigualdade feudal – passavam a pertencer a todos. Neste mundo cada um trabalharia num espaço produtivo e criativo que seria muito literalmente seu, reaproximando o trabalhador do fruto do seu trabalho e anulando a força degradadora da alienação pessoal e coletiva.

Tratava-se de um projeto belíssimo e com um impecável embasamento teórico; porém, como se sabe, as tentativas revolucionárias de se implantar o comunismo produziram sucesso (para dizer o mínimo) questionável. Com ainda mais rapidez e intensidade do que o capitalismo, o comunismo revolucionário traiu suas boas intenções e foi utilizado como ferramenta de dominação e de exploração. O poder permaneceu concentrado, a continuidade do estado de coisas passou a depender da propaganda mentirosa e da intimidação, e a frustração coletiva diante das falhas do sistema acabou produzindo alienação em grau pelo menos tão devastador quanto a que gerava o capitalismo.

O comunismo, nascido na denúncia apaixonada das ideologias, havia se tornado apenas mais uma, gerando seu próprio script ideológico e seu próprio mundo condicionado e alienante. O primeiro projeto humano que propunha a implantação deliberada e generalizada de um mundo justo passou a representar, para muitos, sinônimo de abominação e de terror.

É uma história que ainda não acabou, mesmo porque que desenvolveram-se nesse intervalo muitas estirpes de socialismo e de capitalismo, algumas das quais aprenderam a sentar-se na mesma mesa para conversar. Por outro lado, capitalismo e comunismo ficaram conhecidos pelo modo praticamente oposto com que propõem-se a defender os mesmos princípios de liberdade e de igualdade. Uma resolução desse conflito (e da resultante polarização) parece pertencer a um horizonte distante.

O que ficou demonstrada, no entanto, é a capacidade humana de torcer o mais equilibrado e bem-intencionado dos discursos de modo a moldá-lo em ferramenta de dominação e exploração. O projeto que foi estudado à minúcia para garantir a justiça será fatalmente usado para perpetuar o seu oposto. Nossa intenção de salvar acaba matando, e o sonho de remendar acaba rasgando. Num livro de 1995, Howard Bloom dá a essa tendência contraditória e irresistível o nome de Princípio Lúcifer:

Um resultado: nossas melhores qualidades acabam despertando o pior de nós. De nossa ânsia em reunir e consolidar vem nossa tendência a separar e destruir. De nossa devoção a um bem maior vem nossa propensão às mais vis atrocidades. De nosso compromisso com ideais elevados vem nossa desculpa para odiar. Desde o princípio da história temos sido cegados pela capacidade do mal em assumir um disfarce de abnegação. Temos sido incapazes de enxergar que nossas qualidades mais admiráveis conduzem-nos muitas vezes às ações que mais abominamos: assassinato, tortura, genocídio e guerra.

Não será mero exagero ou retórica associar essa tendência (de usar o que é bom para perpetuar o mal) a Satanás, porque num sentido muito profundo essa tendência é Satanás. René Girard sugere algo parecido quando explica os mecanismos de demonização e de vitimização que mantem as sociedades ao mesmo tempo apaziguadas e injustas. Apegar-se a boas intenções que acabam produzindo terror e injustiça não é só coisa do diabo; esse processo, aparentemente, é o próprio diabo, e não pode ser revertido ou contornado por qualquer discurso acessível aos homens. O capeta se esconde nos nossos sonhos mais elevados e nas demandas mais puras.

Jesus, o não-condicionado, aparentemente não ignorava essas coisas, porque recusou-se consistentemente a articular um discurso. Não chegamos a conhecer sua “proposta”, o reino de Deus, por algo além de comparações e parábolas (que não permitem compreensão mais do que transversal), e pela sua própria e irrepreensível conduta. Grande parte da sua vida foi dedicada a denunciar e condenar os scripts institucionais de dominação, porém ele mesmo não rebaixou-se a sugerir um discurso substituto, porque sabia que qualquer ideologia pode ser (e será) usada como ferramenta ideológica nas mãos de Satanás1.

O que Jesus deixou-nos como herança é o reino de Deus, um local ou condição que não pode ser adequadamente descrito ou atingido. O reino está em perpétuo tornar-se, em perpétuo devir, e espreita “dentro de nós” e “entre nós” aguardando o momento de ver Satanás despencando como um relâmpago. O reino de Deus não pode ser fundado nem implantado nem articulado nem encontrado; só pode ser buscado, e diz-se que para os que o buscam – e para os tocados pela sua obsessão de dividir – todas as coisas serão acrescentadas.

A igreja e o Poder
1. Pela alma do povo: omissões coletivas e bravuras individuais
2. A fissura do mundo: política, polarização e paralisia
3. Capitalismo, socialismo, alienação e o capeta

NOTAS

1. O que Jesus recusou-se a prover a igreja, naturalmente, se dispôs a tabular e graciosamente oferecer, com a maior das boas intenções e os mais trágicos resultados. [↩]

na mesma batida, todos nós

27 de set. de 2010

1.UM

Muito bom encontrar esse 1.UM

(dica de vineyardcafe.com.br/blog)
o site do 1.UM www.umpontoum.com

17 de set. de 2010

Entrevista com Paulo Capelleti

Já tinha visto sobre o trabalho dessa família, e vendo essa entrevista penso: olha só como a prática traz sabedoria.
"Paulo Capelleti é um desses raros e constrangedores caras que praticam o discurso." (Tuco Egg http://atrilha.blogspot.com/)



Me lembro que Jesus perguntou a Pedro: Você me ama?... Então cuide das minhas ovelhas.

15 de set. de 2010

A tristeza do cachorro com seu cone

Um cachorro muito alegre e levado arranjou uma ferida. Essa ferida poderia ser curada, bastava que o cachorro parasse de lambe-la. Então o seu dono teve que colocar um cone no seu pescoço para que o cachorro não lambesse a ferida e que assim ela não inflamasse de tal forma que tomasse conta do corpo do cachorro. Depois da raiva de estar com aquele cone no pescoço o cachorro ficou muito triste porque ele não entedia porque aquele cone estava em seu pescoço. Então seu dono teve uma idéia.



Essa era a única maneira de mostrar para o cachorro que aquilo que ele estava passando ele tinha que passar, e que ele poderia suportar viver um tempo com aquele cone no pescoço, veja só o dono também pode ficar com o cone no perscoço igual você.

Qualquer semelhança com uma história bíblica?

[baseado em fatos reais ocorridos com Buck e Renan]
... mais penetrante que espada alguma de dois gumes e penetra até ao mais fundo da alma, do espírito e da medula, sendo apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração..." Hebreus 4:12

10 de set. de 2010

Tiê

Oba! Descobri uma cantora de música. Ela é brasileira, músicas calminhas e simples, de letras boas. Hmmm gostei.


Clipe lindo também.

8 de set. de 2010

Bem-vindo à resistência

Dare you to move - Switchfoot


Desafio-te a Mover-se


Bem-vindo ao planeta
Bem-vindo à existência
Todo mundo está aqui
Todo mundo está aqui
Todo mundo está te olhando agora
Todo mundo está te esperando agora
O que acontece depois?
O que acontece depois?

Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se levantar do chão
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Como se o 'hoje' nunca tivesse acontecido
O 'hoje' nunca aconteceu antes

Bem-vindo ao 'efeito colateral'
Bem-vindo à resistência
A tensão está aqui
A tensão está aqui
Entre quem você é e quem poderia ser
Entre como isso é e como deveria ser

Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se levantar do chão
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Como se o 'hoje' nunca tivesse acontecido
O 'hoje' nunca aconteceu

Talvez a redenção tenha histórias pra contar
Talvez o perdão está onde você caiu
Pra onde você pode escapar de você mesmo?
Pra onde você vai?
Pra onde você vai?
Salvação está aqui

Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se levantar do chão
Eu te desafio a se mexer
Eu te desafio a se mexer
Como se o 'hoje' nunca tivesse acontecido
O 'hoje' nunca aconteceu
O 'hoje' nunca aconteceu
O 'hoje' nunca aconteceu antes

3 de set. de 2010

O Bilhete - Ricardo Gondim

O bilhete
Ricardo Gondim

http://ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=86&sg=0&form_search=&pg=1&id=1164

'Está escrito na Bíblia que quem ama conhece a Deus porque Deus é amor.'

2 de set. de 2010

Vilarejo - Marisa Monte

Blackbird



versão bonitinha também da Sandy e Junior


Melro (Pássaro Negro)
Melro cantando no silêncio da noite
Pegue estas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para decolar.

Melro cantando no silêncio da noite
Pegue estes olhos fundos e aprenda a enxergar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento para ser livre.

Melro, voe. Melro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Melro, voe. Melro, voe
Para dentro da luz da noite escura e negra

Melro cantando no silêncio da noite
Pegue essas asas quebradas e aprenda a voar
Toda sua vida
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar
Você só estava esperando este momento chegar
Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.
Não olheis para o eu ser morena; porque o sol queimou-me; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei.
Canticos 1:5-6

Shawn McDonald "Here I Am" Montage

Marcos Botelho: COLAGEM: Jó - Angustia - Paciência - Lenine

Marcos Botelho: COLAGEM: Jó - Angustia - Paciência - Lenine: "Juntando os que não foram feitos um para o outro!"